Grande público participou das atividades do Encontro “Cobertura Universal de Saúde: caminhos para a construção de sistemas de saúde universais e equitativos”, promovido pela Alames e Cebes. A conferência de abertura foi ministrada pelo secretário de Atenção à Saúde, do Ministério da Saúde, Helvécio Magalhães, que ressaltou os desafios da Atenção à Saúde no Brasil e as iniciativas governamentais realizadas.
Na mesa-redonda “Cobertura Universal de Saúde: aspectos conceituais”, Ana Costa, do Cebes, moderou os debates desenvolvidos por José Noronha (Cebes), Oscar Feo (Alames) e Jeanette Veja (Fundação Rockefeller). “É uma mesa provocativa para retomada de um caminho para reverter de forma definitiva o lugar da saúde”, disse Ana Costa. Segundo Oscar Feo, é preciso que a ciência e o conhecimento estejam comprometidos para a transformação da sociedade.
No primeiro painel de experiências “Construindo sistemas universais e equitativos de saúde”, José Noronha moderou o encontro de vivências de José Gomes Temporão (do Instituto Sul-americano de Governo em Saúde – ISAGS/UNASUL), Oscar Feo (Alames), Lígia Giovanella (ENSP/Fiocruz) e Yadira Eugenia Borrero (Colômbia). Além de apresentar um panorama sobre os gastos em saúde no Brasil, Temporão também apresentou um cenário que passa por um processo multidimensional, polifacetado e extremamente complexo. Falou sobre sustentabilidade política e de polêmicas como “gestão das unidades e redes públicas e o papel do setor privado (privatização)”. Yadira Borrero mostrou a experiência da Colômbia e seus desafios depois do processo de reforma de Estado e política social. “Esse processo começou em 1991, mas ainda não se instaurou pro completo na Colômbia. Os efeitos são muitos dessa trajetória, um deles é a crise e o desmantelamento da rede pública hospitalar”, disse. No segundo painel, nomes como Asa Cristina Laurell (México), Alexandro Saco (Peru) e Eliana Labra (Chile/ENSP/Fiocruz) apresentaram suas experiências.