Resistir e reexistir. De Manguinhos, bairro carioca com maior número de assassinatos de jovens negros entre 2005 e 2015, a Austin, Texas, única cidade norte-americana que a população negra decai pela pressão da Ku Klux Klan. Dos serviços de saúde, na fila, como a categoria de usuário sistematicamente aviltada por procedimentos abusivos – as mulheres negras -, às salas de aula de grandes centros de pesquisa, que historicamente não concedem mais de 1% das maiores bolsas a suas irmãs. Resistir e reexistir em cursos preparatórios, em grupos temáticos de associações científicas, em catálogos de pesquisadores, criando assim laços profissionais, sociais e de afeto. Na Semana da Consciência Negra, a Comunicação da Abrasco entrevistou estudantes e docentes negros e negras, inquiriu órgãos públicos e levantou alguns dados. Passado mais de um ano da publicação da portaria normativa nº 13 pelo Ministério da Educação (MEC), a implementação de cotas raciais nos programas de pós-graduação (PPG) anda lentamente no Brasil de Temer. Ao mesmo tempo, estudantes e docentes encampam inúmeras iniciativas para aumentar a presença e visibilidade de negras e negros nos bancos dos programas , demonstrando uma presença que exige espaço e não espera parada para efetivarem seus direitos. Tantas vivências e desafios provocam reflexões sobre as estratégias das visibilidades negras, entre conquistas e armadilhas. Clique nos links e faça essas vozes serem ainda mais ouvidas e amplificadas.