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Estudo sobre impactos da Covid-19 na população negra ganha relevância internacional

Edna Araújo, coordenadora do GT Racismo e Saúde e Diretora da Abrasco, durante a Assembleia Geral, durante o 8º CBCSHS, em João Pessoa, 2019 – Foto: Abrasco

“Para a população negra, a pandemia da Covid-19 atualiza os problemas do passado, cujo centro é o racismo em suas diferentes dimensões”. É por este olhar que a abrasquiana Edna Araújo, professora da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) e integrante do Conselho Deliberativo da Associação, vem abordando os estudos que relacionam a questão de raça/cor com dados secundários colhidos junto aos boletins epidemiológicos publicados pelo Ministério da Saúde de janeiro a junho, mais os dados parciais da pesquisa PNAD-Covid-19, do IBGE.

O conjunto de estudos desenvolvidos pelo grupo de pesquisa liderado por Edna e com parceria de diversos pesquisadores de outras instituições integrantes do Grupo Temático Racismo e Saúde (GT Racismo/Abrasco) tem alcançado grande visibilidade nacional e internacional. O primeiro levantamento serviu de base para um artigo já publicado no Brasil e também nos EUA, em parceria com a professora Kia Lilly Caldwell, da Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill, para descrever a experiência de ambos os países em relação aos dados de mortalidade de acordo com a raça, cor e etnia, e alimentou parte do Dossiê especial publicado na Revista de Altos Estudos da USP. Novas publicações já estão no prelo.

Além de atualizar as feridas do racismo enfrentadas ao longo da história, Edna chama atenção para o fato da precariedade desse registro da raça, cor, etnia nos sistemas e relatórios de informação em saúde. “Esta falta de dados representa não só um grande problema à implementação de políticas públicas de saúde, como também caracteriza a baixa adesão à Política Nacional de Saúde Integral da População Negra no território brasileiro. Queremos, através destes artigos, dar visibilidade ao fato de que os dados da Covid-19 referentes às populações negras e indígenas estão sendo divulgados pelas autoridades de saúde brasileira e estadunidense de forma incompleta e subnotificada e, mesmo assim, estas populações aparecem como as mais afetadas por esta pandemia”, explicou. Leia a matéria completa no site da Fabesp.

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