Em dois dias ricos em discussão, professores e alunos de cerca de 10 instituições debateram os rumos do ensino superior da área durante a VI Reunião do Fórum de Graduação em Saúde Coletiva (FGSC). Como resultado, os participantes aprovaram a importância de se criar uma diretriz curricular nacional para o curso. O termo de referência, já debatido pelo FGSC, será revisado e encaminhado como proposta para o Ministério da Educação (MEC). Decidiu-se também pelos esforços de mobilizar a sociedade e governo pela criação de uma carreira única de sanitarista, abarcando tanto formados nas graduções em Saúde Coletiva, como profissionais variados pós-graduados na área. Para isso, foi redigida uma moção pública para a sociedade e iniciado um abaixo-assinado de fortalecimento da campanha. Acesse aqui.
Durante o encontro, realizados nos dias 13 e 14 de novembro, palestras sobre o processo de regulamentação empreendido pelo MEC; a inserção do sanitarista egresso da graduação em saúde coletiva no mercado de trabalho e na construção das políticas da educação profissional e interprofissional em Saúde foram entremeadas com a apresentação das experiências vivenciadas pelos cursos da USP, UFRN, UnB-FCE, UFBA, Unila, UFRJ, UFRGS e UEA. Na página do FGCS constam as apresentações dos cursos durante a VI Reunião e dos palestrantes das mesas-redondas.
Guilherme Ribeiro, professor do Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia (ISC-UFBA) e coordenador do FGSC, destacou as discussões sobre a ligação da graduação com a grande área da saúde e inserção no mercado de trabalho, seja em organizações não governamentais como em cargos da gestão pública. “Esse é um debate casado, pois se temos um perfil do formando bem definido fica mais fácil de orientar como esse formando vai ser absorvido pelo mercado”.
Também na organização do evento, a professora Miriam Ventura, diretora da graduação do curso ministrado no Instituto de Estudos em Saúde Coletiva da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IESC/UFRJ), ressaltou as ligações institucionais que as graduações precisam empreender durante este processo. “Tivemos importantes contribuições na compreensão do processo de regulamentação dos cursos de graduação. Avançou-se no debate sobre os bacharelados em saúde coletiva na construção das políticas profissionais e interprofissionais em saúde, com a presença de Eliana Goldfarb Cyrino, do Ministério da Saúde”.
Deliberou-se que será revisado no prazo de uma semana o termo de referência para os cursos de graduação em Saúde Coletiva, que se encontra em consulta pública no site da Abrasco e discutido na plenária final. Foi aprovada ainda uma moção de apoio para a criação de carreira única de sanitarista. O abaixo-assinado on line já está disponível. Assine e participe!
Nova composição: Houve substituição da representação discente do FGSC. Manteve-se a participação do aluno Fausto Soriano, da Universidade de São Paulo na coordenação geral. Na coordenação adjunta de profissão e carreira ingressou aluna Patricia Viana, da Universidade Federal do Acre (UFAC) e na sub-coordenação de currículo e reconhecimento entrou Andrey Loiola, da Universidade de Brasília, campus Darcy Ribeiro. Os representantes docentes permaneceram por mais um ano.