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INPE coloca tecnologias de observação da terra a serviço da saúde pública

A saúde pública é uma das áreas que tem se beneficiado das tecnologias para observação da Terra, como o sensoriamento remoto por satélites. Durante o 11º Congresso Mundial de Saúde Pública foi realizado um painel para discutir como os dados coletados através destas novas tecnologias podem se transformar em informação vital para a sociedade. Coordenado pela National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), principal órgão de meteorologia do mundo, o painel contou com a participação do Dr. Gilberto Câmara, diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia.

O painel “A perspectiva GEOSS: os dados certos, no momento certo, para tomar as decisões certas” mostrou as iniciativas do Group on Earth Observations (GEO), que lidera um trabalho global para a montagem de um Sistema Global de Sistemas de Observação da Terra (GEOSS – Global Earth Observation System of Systems) nos próximos dez anos. O GEO envolve 64 países, a Comissão Européia e 43 organizações internacionais, e defende que a avaliação da situação da Terra requer a observação contínua e coordenada de nosso planeta em todas as escalas.

O GEOSS trabalhará com sistemas nacionais, regionais e internacionais, além de utilizá-los como base para fornecer observações abrangentes e coordenadas da Terra provenientes de milhares de instrumentos em todo o mundo. É neste contexto que entra a saúde pública, pois uma melhor compreensão de fatores ambientais é decisiva para a implantação e sucesso de políticas públicas para o setor.

A incidência da malária, por exemplo, cresce dramaticamente durante eventos extremos do tempo, assim como as epidemias que ocorrem em regiões da América do Sul, África e Ásia. Além da saúde pública, o GEOSS será importante para o estudo de tempo e clima, prevenção de desastres naturais, com especial benefício aos setores de energia e agricultura.  “O GEOSS servirá para ‘examinar’ o planeta, contribuindo para a sua compreensão científica. O objetivo é colocar o GEOSS para trabalhar em benefício de todos os povos”, diz o vice-almirante Conrad C. Lautenbacher, secretário da NOAA, que fez uma palestra sobre o sistema GEOSS e sua utilidade para prevenção de desastres.

O Brasil tem um papel relevante no contexto do GEO, considerando que seu programa espacial apresenta forte componente de observação da Terra. “Temos um programa que inclui sensoriamento remoto e estudos climáticos, com capacidade científica e tecnológica própria na construção de software para estações de recepção, tratamento de dados e para desenvolvimento de modelos meteorológicos, hidrológicos, e de mudanças de uso da terra”, destaca Gilberto Câmara, diretor do INPE.

O Brasil é membro do conselho executivo do GEO, composto de 13 países, e está responsável pela área de “Capacity Building”. “Esta atribuição de responsabilidade é um reconhecimento ao trabalho do Brasil na formação nacional e internacional de especialistas em sensoriamento remoto, e também em sua liderança na tecnologia de software livre para sensoriamento remoto e geoinformação”, conclui o diretor do INPE.

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