
O convidado do programa Roda Viva desta segunda-feira 19 de fevereiro foi Ricardo Barros, ministro da Saúde. Na bancada de entrevistadores estava José da Rocha Carvalheiro – pesquisador do Instituto de Estudos Avançados da USP e presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva, gestão 2006 a 2009. Além de lembrar ao ministro que a Abrasco fará em julho o seu 12º Congresso em Saúde Coletiva, Carvalheiro colocou questões como a distribuição dos recursos financeiros; o processo de produção compartilhada de saber e saúde de Victor Valla; planos populares e ressarcimento dos planos de saúde ao SUS, além das epidemias pelo Aedes Aegypti.
Durante a entrevista, Ricardo Barros fez comentários como: – “Por alguma razão que não sabemos exatamente qual é, os mosquitos que transmitem a febre amarela silvestre passaram a circular em áreas que não costumavam circular antes”; “Não há falta de recursos para a área da saúde. O problema é que o ministério passa o dinheiro, mas nem sempre ele é bem utilizado”; “Os planos de saúde populares são uma grande solução para o SUS e uma ótima alternativa para a população”; “O modelo do SUS hoje financia a doença não a saúde. Se ninguém ficar doente durante um mês inteiro, quebra o sistema”; “O maior problema é que eu não sei o que acontece no sistema. Primeiro é preciso informatizar. Depois, saber o que acontece. Daí mudar o modelo e financiar a saúde”.
A bancada da TV Cultura contou ainda com as perguntas de Cláudia Collucci (repórter especial da Folha), Fabiana Cambricoli (repórter de Saúde do Estadão), Flávio Freire (coordenador de nacional e política da sucursal do Globo em São Paulo) e Jessé Reis Alves (médico coordenador do Comitê de Medicina do Viajante da Sociedade Brasileira de Infectologia).