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Meio milhão de mortes é inaceitável – Um grito de solidariedade às populações vulnerabilizadas

No dia que o país atinge a triste marca de meio milhão de mortes por Covid-19, a Abrasco convida à reflexão sobre as populações vulnerabilizadas, à mobilização e à luta, nas redes sociais e nas ruas.

“Nós, sanitaristas, não podemos ficar calados diante desta calamidade sanitária que está levando a vida de tantos brasileiros e brasileiras e deixando tantas famílias sofrendo com o luto e com todas as consequências diretas e indiretas desta pandemia”, aponta Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Associação.

Passado cerca de 1 ano e 3 meses do primeiro caso confirmado, muito poderia ter sido feito para evitar esta quantidade inaceitável de mortes, concentradas nos segmentos mais vulnerabilizados da sociedade. “Nós sabemos quem são essas famílias. São aquelas em piores condições sociais: população negra, povos indígenas, moradores das periferias” ressalta Luis Eduardo Batista, integrante do Conselho Deliberativo da Abrasco e da coordenação do Grupo Temático Racismo e Saúde (GT Racismo/Abrasco).

São histórias de vida individuais e coletivas ceifadas numa crise humanitária, sanitária e também moral. “Estamos em modo de sobrevivência há um ano. Contudo, temos de falar daqueles que estão nesse mesmo modo há mais de 500 anos. Foram mais de mil indígenas de 163 povos que faleceram. Mas se olharmos para todas as epidemias e ataques, foram milhões de indígenas mortos nesses 521 anos nesse território hoje chamado Brasil”, ressalta Ana Lúcia Pontes, coordenadora do Grupo Temático Saúde dos Povos Indígenas, sem esquecer de citar que essa mesma terra tem batido recordes de queimadas e desmatamentos, num ataque orquestrado por todos os lados.

Mobilize-se nas redes e nas ruas: Em nome de toda sua diretoria e organismos internos, a Abrasco se solidariza com todas as pessoas que perderam seus entes e apela a toda a sociedade se unir em torno da solidariedade ao povo brasileiro, na proteção urgente das parcelas mais vulnerabilizadas e nas ações de pressão sobre o governo para a adesão às medidas necessárias para o fim dessa tragédia. Abrace o avatar nas redes sociais e utilize nos seus perfis, compartilhe os conteúdos da Frente Pela Vida e some-se às mobilizações de rua, sempre de máscara PFF2 e respeitando o distanciamento de pelo menos 2 metros.

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Assista às declarações na íntegra:

Gulnar Azevedo, presidente da Abrasco:

Luis Eduardo Batista, integrante do Conselho da Abrasco e da Coordenação do GT Racismo/Abrasco:

Ana Lúcia Pontes, coordenadora do GT Saúde dos Povos Indígenas /Abrasco:

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