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 NOTÍCIAS 

Morre o sanitarista Miguel Márquez Vásquez

Bruno C. Dias

O campo da medicina social latino-americana sofreu uma grande perda nesta semana. Faleceu ontem o médico sanitarista Miguel Márquez Vásquez. Fundador da Associação Latino-americana de Medicina Social (Alames) e ex-dirigente da OPAS, Miguel Márquez foi um dos mais esforçados lutadores pela articulação de pensadores e agentes da saúde pública e coletiva no continente.

Nascido no Equador, graduou-se em medicina na Universidade de Cuenca. Durante sua carreira acadêmica, obteve os títulos de decano da Faculdade de Ciências Médicas da mesma instituição de graduação e de membro honorário da Academia de Ciências de Cuba. Ocupou também o cargo de diretor da Associação das Faculdades de Medicina do Equador.

Na década de 1970, foi designado como consultor da Organização Panamericana de Saúde (OPAS) na Guatemala. Atuou como representante do organismo também na Nicaragua e em Cuba, onde estabeleceu residência e veio a falecer aos 79 anos. Miguel Márquez esteve no Brasil inúmeras vezes. Uma de suas últimas passagens foi em 2006, quando concedeu a aula inaugural da Escola Politécnica em Saúde Joaquim Venâncio, da Fundação Oswaldo Cruz (EPSJV/Fiocruz).

O professor Hésio Cordeiro, atualmente coordenador do programa de pós-graduação em Saúde Coletiva da Universidade Estácio de Sá (UNESA) declarou por e-mail a importância do sanitarista para a Saúde Pública. “Conheci Miquel Márquez quando, motivado por Juan Cesar García, participamos de um seminário sobre Ciências Sociais aplicadas a Saúde, no Equador. Miguel demostrou um compromisso com a saúde pública e com a educação médica como poucos. Sua atuação o levou à OPAS, fazendo o organismo ser um agente de maior reflexão. Foram ações que sempre demonstraram comprometimento com o pensamento renovador e evidenciaram uma prática revolucionária em toda América Latina”.

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