É momento de renovação e atualização do Centro Brasileiro de Estudos da Saúde – CEBES, uma das principais entidades do Movimento pela Reforma Sanitária brasileira, e que deu posse à diretoria 2020/2021 em 28 de janeiro, na sede do Clube de Engenharia, no Centro do Rio de Janeiro. A unificação de forças entre movimentos sociais da saúde, do campo, da cidade juntamente com Academia e parlamentares comprometidos com o SUS foi a tônica que atravessou as diversas falas dos presentes, numa convocação à sociedade para frear os constantes ataques aos direitos constitucionais da Carta de 1988.
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Reeleita para mais um mandato, a presidenta Lúcia Souto abriu a cerimônia conclamando a memória e a fibra daqueles que fazem da utopia a prática política concreta na luta pelo direito à saúde.
“Vivemos um momento crucial na vida política brasileira. E nada melhor do que a gente fazer a memória de tantas conquistas de tantas lutas e realizações que não são teoria ou abstração, mas práticas concretas do dia a dia das brasileiras e brasileiros. Isso (a construção do Sistema Único de Saúde) não é uma utopia, é uma experiência concreta e prática que nós brasileiros consumimos e optamos por fazer. Esse caminho foi consumido por muita gente por muita gente que antecedeu a nós essa direção, como Sônia Fleury e Ana Costa”, celebrou Lúcia diante das colegas citadas entre outras personalidades e militantes do setor.
“A Abrasco e o Cebes são entidades irmãs, e as vozes dessas entidades, por meio de seus posicionamentos público; de artigos e de suas revistas científicas, têm sido fundamentais para a defesa do SUS e para não deixarem a chama da democracia ser apagada em nosso país”, falou Gulnar Azevedo e Silva, presidente da Abrasco.
Gulnar somou-se a falas anteriores a ao conclamar união das entidades: “Uma coisa boa que a gente pode tirar de toda tragédia foi a possibilidade se unificar com outras entidades de saúde em defesa da democracia. A gente tem resistido e nossa resistência avança porque a gente consegue colocar uma pauta atual que amplia e traz jovens. E é isso o que a gente precisa hoje. Temos muito a fazer, mas nunca negamos a luta. Parabéns ao Cebes e todos os companheiros que junto com a gente tem entendido o papel fundamental. E é esse lado que a gente tem que se unir: Democracia e Saúde para todos”, finalizou a presidenta da Abrasco.
Além de Gulnar, a Abrasco esteve também representada por Reinaldo Guimarães, vice-presidente da atual gestão, bem como pelos presidentes Paulo Gadelha (2005-2006) e José Noronha (2000-2003), e demais abrasquianos também cebianos, como Ana Costa, Claudia Travassos e Heleno Rodrigues, entre outros.
Também fizeram uso da palavra Pedro Celestino, presidente do Clube de Engenharia; Nísia Trindade, presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz); Fernando Pigatto, presidente do Conselho Nacional de Saúde (CNS); a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB); o ex-ministro da Saúde e atual deputado federal José Saraiva Felipe (MDB); Paulo Garrido, presidente da Asfoc-SN; o vereador do Rio de Janeiro Reimont Otoni (PT); o deputado estadual Flávio Serafini (PSOL); Thomás Pinheiro da Costa, diretor do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro (SindMed-RJ); Ednaldo Correia, coordenador nacional do Setor Saúde do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST); e representantes da Rede Unida; do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no Estado do Rio de Janeiro (Sintrasef); da ação BR Cidades; da União Nacional dos Estudantes (UNE); da União Estadual dos Estudantes do Rio de Janeiro (UEE-RJ); e da Associação Brasileira de Obstetrizes e Enfermeiros Obstetras do Estado do Rio de Janeiro (Abenfo-RJ). Além das falas presenciais houve saudações gravadas em vídeo por Jairnilson Paim; e os ex-ministros da Saúde José Gomes Temporão e Arthur Chioro.
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