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Os avanços da epidemiologia em saúde do trabalhador no Brasil

“Por amar métodos estatísticos, eu poderia ter decidido apresentar os avanços da epidemiologia a partir desses dados quantitativos, complexos, analíticos. Com eles, alcançamos algumas coisas: precisão, rigor. Entretanto, mais importante do que refinamento metodológico, eu acredito que é a perspectiva de trabalharmos a epidemiologia como uma ferramenta para a melhoria das condições de saúde dos trabalhadores”, afirmou Vilma Santana, no início de sua palestra no IX Congresso Brasileiro de Epidemiologia da Abrasco, em Vitória (ES). Para ela, sem ser por essa perspectiva, de nada valem a epidemiologia e sua “fantástica arte do conhecimento dos métodos”.

 

Nesse sentido, Vilma apresentou as “deficiências” no que tange à produção de conhecimento epidemiológico para a saúde do trabalhador no Brasil, “apesar de sua imensa importância”, como acrescentou.

 

De acordo com a pesquisadora, como importante determinante de problema de saúde, o fato é que ele “acidenta, adoece, incapacita, custa muito para o SUS e a previdência, mas é invisível”. E essa grande invisibilidade é decorrente da falta de dados epidemiológicos. “A Rede Nacional de Atenção Integral à Saúde do Trabalhador produz esse tipo de informação. Mas estamos avançando?”, contesta Vilma.

 

Aproximadamente, metade da população mundial trabalha. Se temos pouco mais de 6 bilhões de seres humanos no planeta, estima-se que mais de 3 bilhões são trabalhadores. Segundo Vilma, também pessoas que se acidentam. “Existem dados alarmantes sobre o número de pessoas que se acidentam, ficam incapacitados, sem contar o número de óbitos”, ressaltou. Nesse sentido, a professora enfatiza que a epidemiologia em saúde do trabalhador no Brasil precisa avançar muito.

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