Muito se debateu os critérios de avaliação da Capes, inclusive as mudanças que estão previstas para o próximo processo. Entretanto, essa pauta, não partiu de ações desarticuladas. O Fórum, preocupado com as ineficiências da própria avaliação que não leva em consideração as discrepâncias das áreas de conhecimento, das especificidades e particularidades de cada campo de pesquisa, por meio do GT de Produção Técnica, criado para identificar, analisar e apresentar propostas de critérios condizentes com as necessidades da Saúde Coletiva, apresentou um conjunto de dados na reunião em Porto Alegre.
Participaram dessa coleta de dados e análise os pesquisadores Aylene Bousquat, Bárbara Goulart, Cláudia Leite Moraes, Eduarda Cesse, Elza Machado de Melo, Maria Amélia Veras, maria Salete Bessa Jorge, Raimunda Magalhães da Silva, Rosângela Caetano, Sérgio Pacheco de Oliveira e Walter Ferreira de Oliveira. Os dados foram apresentados e explicados por Walter Ferreira, que pontuaram que critérios poderiam ser contemplados pela Capes, com o objetivo de fortalecer o campo, mas também tentar dissipar a “padronização” da avaliação, que tem criado problemas em vários âmbitos, principalmente referente à qualidade da produção intelectual e técnica dos programas de pós-graduação e de seus pesquisadores.
O GT, formado em 2010 e reorganizado na reunião de Pirenópolis (GO), em 2013, teve como objetivo a identificação da Produção Técnica, que teve itens apresentados em Porto Seguro (BA), em maio deste ano, e que neste encontro em Porto Alegre, teve a tarefa de ponderação dos itens. As considerações para as ponderações esclarece que o CNPq avalia pesquisadores, a Capes avalia programas e que a produção técnica está contida no item produção intelectual. Nesse sentido, as três ponderações “conversam” entre si e fortalecem o campo de uma forma geral.
Foram consideradas a “viabilidade da proposta, tendo em vista a conjuntura da avaliação dos programas; a valoração da produção técnica; a quantidade das produções; e a diversidade da área”. O pressuposto teve como base a valorização dos diversos tipos de produção nos programas de pós-graduação. Outro ponto importante foi a simulação a partir dos dados da Plataforma Sucupira encaminhados por cada programa, prevista para o momento anterior à primeira reunião do Fórum em 2015.
As propostas de critérios deverão passar por alguns ajustes necessários antes de ser encaminhada a Capes, que poderá ou não levar em consideração.