Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) e Unicef divulgados em julho apontam uma das maires quedas da cobertura vacinal no Brasil nos últimos anos, e em todo o planeta, tema destacado no programa Central do Brasil , que ouviu Reinaldo Guimarães, vice-presidente da Abrasco e pesquisador do Núcleo de Estudos em Bioética da Universidade Federal do Rio de Janeiro (NUEBA/UFRJ).
Para Guimarães, além da diminuição do financiamento, houve problemas de gestão nos governos Temer e Bolsonaro nos programas de vacinas. “Os recursos para a Saúde, e principalmente para o Programa Nacional de Imunizações diminuíram e há, também, ao lado disso, uma certa desorganização no sistema de saúde, pela contenção de recursos em geral para o Sistema Único (de Saúde)”.
O vice-presidente da Abrasco tem se dedicado ao debate público do tema por uma série de artigos sobre diversos aspectos, da eficácia das experimentações em curso, apresentado em “Vacinas Anti-Covid: O olhar da Saúde Coletiva”, às questões sobre a necessidade dessa produção tecnológica em saúde ser articulada política e economicamente como elemento estratégico para o desenvolvimento nacional, debatido em “As Interfaces e as “Balas de Prata”: Tecnologias e Políticas”.
Participou também da matéria André Siqueira, pesquisador da Fiocruz, que explicou o efeito direto da baixa cobertura de vacinas com o retorno de doenças quase ou totalmente erridicadas, como coqueluche, difteria e meningite e que voltaram a ter surtos registrados.
A matéria começa em 3’12 – confira no vídeo: