Na manhã do último dia do 3º Congresso Brasileiro de Política, Planejamento e Gestão em Saúde, no Centro de Convenções de Natal (RN), aconteceu a reunião entre Gastão Wagner, presidente da Abrasco e os Grupos Temáticos, Comissões e Comitês da Associação. Uma pluralidade de vozes se fizeram presentes contando experiências, avanços e desafios na reunião que foi a primeira em quase 40 anos de atividade da entidade. Gastão explicou que os GTs é uma forma aberta de ativismo, livre, com autonomia e que também podem propor diversas atividades nos eventos da Abrasco. “É preciso destacar a pluralidade e sua manifestação como peculiaridades. Ainda assim, penso que os GTs têm um papel crucial na Associação porque cada um, com sua especificidade, acompanha todos os ataques sofridos pela Saúde Coletiva e sua complexidade, fazendo com que possamos unir forças a partir dessa diversidade de olhares sobre todas as áreas”, disse.
Coordenadores, membros, representantes marcaram presença e apresentaram as atividades que estão sendo desenvolvidas e expunham a preocupação em relação aos desafios dos tempos atuais. Entre as explanações está a de Paulo Amarante, coordenador do GT Saúde Mental, que contou sobre a reorganização do GT, sobre o desenvolvimento do Observatório de Saúde Mental, em trâmite em vários estados brasileiros, com o objetivo de ser um centro de base, organização e observatório local do campo. Paulo ressaltou avanços e ameaças, falou sobre o Fórum Abrasme e a programação do Gt para o Congresso Brasileiro de Epidemiologia, que vai acontecer em Florianópolis, em outubro de 2017.
O GT Promoção da Saúde e Sustentabilidade também se pronunciou sinalizando a urgência de se compreender as instâncias da autonomia dos GTs. Como os demais Grupos, o de Avaliação enfatizou a preocupação quanto à associação de membros na Abrasco, aqueles vinculados aos GTs. Oswaldo Tanaka sinalizou a necessidade de criar critérios de aceitação de novos membros, mas se posicionou contra a aglomerados de pessoas que pudessem conturbar o funcionamento dessa instância que é o GT, ressaltando a diversidade de interesses.
Luis Eugenio Souza, coordenador de Comitê de Assessoramento Permanente de Ciência e Tecnologia em Saúde da Abrasco, resgatou a história do Comitê de Ciência & Tecnologia e falou sobre a aproximação do Comitê à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e à Academia de Ciências, como estratégias de articulação importantes para a área.
Pedro Cruz, que coordena o GT Educação Popular e Saúde, apresentou as atividades que estão sendo desenvolvidas para o fortalecimento do campo no Brasil e reforçou o empenho em sediar a próxima edição do Congresso Brasileiro de Ciências Sociais e Humanas em Saúde, em João Pessoa (PB), em 2019.
Entre as vozes dos participantes do encontro, as ações interGTs foram bastante citadas como forma de fortalecer essas instâncias e ainda fortalecer a luta pelo SUS.