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Revista da Sociedade Britânica de Nutrição publica número especial sobre ultraprocessamento de alimentos

A revista Public Health Nutrition (PHN), publicação internacional editada pela Sociedade Britânica de Nutrição e referência na área, já deu largada no ano novo e divulga seu suplemento especial de janeiro de 2018 sobre ultraprocessamento de alimentos. Os editores Bridget Kelly e Enrique Jacoby convidaram diversos especialistas de vários países para avaliarem  o consumo de alimentos ultraprocessados e sua relação com qualidade da alimentação e saúde das populações de seus países.  O resultado pode ser conferido nos 26 artigos científicos assinados por pesquisadores de universidades e centros acadêmicos de vários países, incluindo Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, França, Inglaterra, México, Nova Zelândia, Líbano e Uruguai.

Dois dos artigos são assinados por pesquisadores do Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP), liderado por Carlos Monteiro, professor titular do Departamento de Nutrição da Faculdade de Saúde Pública (FSP/USP). Monteiro vem sendo alvo de uma campanha internacional de desqualificação do conceito e da classificação de alimentos a partir do seu grau de processamento (denominada Classificação NOVA), modelo defendido e formulado pelo NUPENS/USP. No final de novembro, a Abrasco posicionou-se publicamente por meio de uma nota de apoio a Monteiro e sua equipe, repudiando práticas políticas corporativas de segmentos que ferem o interesse público, com ações voltadas para distorcer e criar barreiras para a difusão/consolidação de conhecimentos que confrontam interesses.

Os estudos divulgados no suplemento de PHN confirmam a natureza intrinsicamente não saudável dos alimentos ultraprocessados e os múltiplos efeitos negativos que exercem sobre a saúde humana. Reforçam também a hipótese de que o crescimento da produção e consumo desses alimentos, propiciado pela globalização da economia, pela captura do sistema alimentar global por corporações transnacionais e pela ausência de regulação do marketing agressivo dos seus produtos, é uma das principais causas da atual pandemia de obesidade, diabetes e outras doenças crônicas não transmissíveis relacionadas à alimentação. Acesse aqui o número especial.

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