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Semana Global de Saúde Pública 2025: especialistas participam de debate sobre os desafios para a cobertura universal de saúde no Brasil

Como parte da programação da Semana Global da Saúde Pública (GPHW 2025), a Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco) promoveu no dia 8 de abril o painel “Providing universal health coverage in Brazil: challenges and opportunities”, com transmissão ao vivo pelo YouTube. O evento reuniu especialistas para discutir avanços, desafios e perspectivas para a consolidação da cobertura universal de saúde no Brasil.

A atividade contou com a participação do secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda; do abrasquiano e professor titular do Departamento de Medicina Social da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Luiz Augusto Facchini; e da vice-presidente da Abrasco, Carmem Leitão, que mediou a conversa.

Adriano Massuda destacou o caráter integral e universal do SUS como um diferencial no cenário internacional. “O Brasil é um dos únicos países que tem um sistema integral e universal, e isso faz toda a diferença. Da vacina ao transplante, da medicação básica à de altíssimo custo, o SUS é um dos sistemas de saúde mais completos do mundo.” O gestor também chamou atenção para a desigualdade na distribuição de recursos entre os setores público e privado. “Temos uma proporção de gasto público menor que o gasto privado. Isso é um fator de geração de iniquidade.” Segundo ele, as maiores desigualdades se evidenciam na atenção primária, e o SUS precisa enfrentar lacunas históricas para garantir equidade de acesso em todos os níveis do cuidado.

Luiz Facchini enfatizou a importância de compreender o SUS como um sistema complexo, que vai além de um conjunto restrito de serviços. “Quando falamos do SUS, não estamos falando de um pequeno pacote de serviços. Estamos falando de um sistema complexo, com desafios, mas que avançou muito na sua capacidade de resposta.” Facchini também ressaltou a eficiência do sistema diante do subfinanciamento crônico. “Nosso gasto público em saúde no SUS e no Brasil é metade do disponível na Inglaterra, e fazemos muito mais em termos de oferta, de serviço, de organização, de rede para cuidar desses 75% da população – no mínimo – e, em muitas áreas, mais que isso, que utilizam o SUS.”

Assista ao debate completo pela TV Abrasco:

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