As ações de transgenia como estratégia de prevenção à dengue desenvolvidas pela empresa Oxitec voltaram à cena do debate científico internacional. Um artigo publicado recentemente na revista “Scientific Reports” cogita a possibilidade de o cruzamento entre diferentes espécies ter criado um “supermosquito”. Há contestações dentro do próprio grupo de autores do estudo e posicionamento dos editores da publicação, integrante do grupo editoral “Nature Research”. No momento, o artigo está em processo de retratação para uma possível reedição para eventual republicação.
Para entender mais sobre o assunto, a jornalista Litza Mattos, do jornal O Tempo, entrevistou a abrasquiana Lia Giraldo da Silva Augusto.
A médica sanitarista recuperou o posicionamento da Abrasco de 2014, quando da liberação comercial desses mosquitos. “Questões dessa natureza não podem ser tratadas como mercado”, disse abrasquiana, complementando a nota com informações sobre a forma como a empresa escolheu regiões pobres para testar seus mosquitos, sem menor compromisso com a saúde dessas populações.
“A Oxitec escolheu regiões muito pobres e fez o experimento por sua conta e risco numa associação direta com as prefeituras, objetivando o controle da dengue, que é uma doença com tantas características complexas”, afirmou Lia.
Em nota reportada pela assessoria de imprensa, a CTNBio diz que o artigo está sendo avaliado pela presidência e pela vice-presidência do órgão, que consultaram “pesquisadores independentes”. Leia a matéria completa aqui.