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Artigos destacam papel de Eleutério para a Saúde brasileira

Bruno C. Dias

Vice-presidente da Abrasco na gestão 1986/1987, um dos fundadores do Centro de Estudos Brasileiros em Saúde (Cebes), e Secretário Geral do Ministério da Saúde durante a 8ª Conferência de Saúde, realizada em 1986 e que fundou as bases para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), Eleutério marcou a trajetória da Saúde Coletiva e do país.

 

Esse é um dos aspectos destacados no texto do jornalista Fabricio Lobel, do jornal Folha de S. Paulo, ao citar a escolha de Eleutério pela área das políticas públicas para criação de um sistema amplo de acesso à saúde.

 

José Gomes Temporão e Henri E. Jouval Jr. relembram que o Cebes fez uma publicação especial sobre o sanitarista e que é “consenso de que Eleutério pertenceu a uma estirpe de seres incomuns, daqueles que nunca passam despercebidos, seja pela força de sua personalidade, seja pelo vigor de sua atuação, sempre combativa, às vezes contundente e incômoda.”

 

Em recente capítulo para um livro estrangeiro sobre a Reforma Sanitária Brasileira, o pesquisador da Fiocruz e vice-presidente da Abrasco, Nilson do Rosário, também escreveu sobre a liderança de Eleutério no processo de formação do SUS. Leia abaixo o texto do jornal Folha de S. Paulo, acesse aqui o artigo de Temporão e Jouval Jr. e baixe o capítulo Expert community and sectorial policy: the Brazilian Sanitary Reform, de Rosário.

 

O departamento de Medicina Preventiva da Faculdade de Medicina da USP e a Fiocruz também divulgaram notas de pesar sobre o falecimento. 

 

Eleutério Rodriguez Neto (1946-2013) – Um dos idealizadores do SUS

 

De Fabrício Lobel, publicado no jornal Folha de S.Paulo

 

Em 1988, o médico Eleutério lutou para que a saúde fosse definida na Constituição Federal como um direito do cidadão e um dever do Estado. Desde então, passou a lutar para que isso não fosse apenas uma promessa.

 

Estudante de uma das primeiras turmas de medicina da UnB, Eleutério participou de expedições médicas pela região amazônica e, percebeu que seria mais útil se trabalhasse com políticas públicas para criação de um sistema amplo de acesso à saúde.

 

Sua participação em movimentos estudantis e convicções de esquerda durante a ditadura o impediram de alçar carreira acadêmica na USP. Foi então trabalhar na UFRJ, onde aprofundou discussões sobre medicina coletiva, numa perspectiva social.

 

Foi um dos principais defensores do movimento pela reforma sanitária, que visava a transformação do sistema de saúde brasileiro. Movimento que desdobraria na criação do SUS, idealizado para ser um sistema eficiente e democrático de saúde.

 

Chegou a ser secretário-geral do Ministério da Saúde, um alto cargo de confiança do ministro.

 

Em 2000, foi diagnosticado com a doença de Pick, um mal neurológico degenerativo, que há anos lhe causava sintomas como fortes alteração de humor. A lenta degradação de seu estado clínico o levou à morte no dia 23, em São Paulo, aos 67 anos. Deixa a viúva Lucia, dois filhos e duas netas.

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