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‘É um Congresso comprometido com os direitos humanos, a igualdade e a democracia’: abertura do 12º EPI reúne comunidade da Saúde Coletiva no Rio de Janeiro (RJ) 

Começa oficialmente o 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia (12º EPI) na cidade do Rio de Janeiro (RJ). A Cerimônia de Abertura, neste domingo (24), às 18h, reuniu profissionais da saúde, professores, pesquisadores e representantes de movimentos sociais no centro de convenções EXPO MAG. Autoridades também marcaram presença. Participaram da solenidade o presidente da Abrasco, Rômulo Paes de Sousa; a ministra da Saúde, Nísia Trindade; o reitor da UFRJ,  Roberto Medronho; a reitora da UERJ, Gulnar Azevedo e Silva; o reitor da UFF, Antonio Claudio Lucas da Nóbrega; o presidente da Fiocruz, Mário Moreira; o diretor geral dos cursos de Medicina da Estácio e presidente do Instituto de Educação Médica, Silvio Pessanha Neto; o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz; a conselheira do CNS, Maria Laura Carvalho Bicca; as presidentes do Congresso, Claudia Leite de Moraes e Enirtes Caetano; e a presidente da Comissão Científica, Tânia Maria de Araújo. 

A cantora, compositora e percussionista Nina Rosa recepcionou os congressistas e as autoridades com muito samba. A artista também foi quem interpretou o hino nacional brasileiro, que contou com um arranjo especial, marcado pelos tambores e violão. Na sequência, Nina Rosa deu voz ao hino “extra oficial” brasileiro, o samba-enredo da Mangueira de 2019, “História pra Ninar Gente Grande”, uma homenagem e um lembrete da importância de ouvir e reverenciar “as Marias, Mahins, Marielles, malês”.

As presidentes do Congresso, Claudia Leite de Moraes e Enirtes Caetano, foram as responsáveis pela saudação e mensagem de abertura. As pesquisadoras agradeceram aos parceiros que possibilitaram a realização do evento e destacaram o cenário de contrastes e desigualdades que atravessam o Rio de Janeiro e o Brasil, um convite aos congressistas para pensar caminhos de transformação social, através da Epidemiologia.

“Esses contrastes refletem não apenas a realidade do Rio, mas o Brasil como um todo, e nos lembram da importância de estarmos aqui, juntos, discutindo caminhos para transformar o país. É uma honra contar com a presença de todos neste congresso, que reafirma o compromisso da epidemiologia brasileira com a construção de um sistema de saúde promotor de justiça social”, afirmaram. 

Na sequência, a presidente da Comissão Científica, Tânia Araújo, fez a sua fala. A pesquisadora destacou a qualidade e pluralidade da programação científica do 12º EPI e enfatizou a importância do tema do evento: “A Epidemiologia e a complexidade dos desafios sanitários”. 

“ O tema evoca a participação de toda a epidemiologia brasileira. Os cenários e as dificuldades são múltiplos e diversos, mas a nossa capacidade de criar estratégias para enfrentá-los tem sido também muito grande, criativa, inclusiva e fundada em processo democráticos e amplamente participativos”, declarou. 

O presidente da Abrasco, Rômulo Paes, ao declarar a abertura do 12º EPI, destacou a força política e mobilizadora do evento. “Este congresso tem um sentido histórico e de futuro da Epidemiologia. Estamos, afinal, celebrando a Saúde Coletiva. Este é um evento comprometido com a ciência e não com o silêncio. É um congresso comprometido com os direitos humanos, a igualdade e a democracia”, afirmou.

Conferência: ‘Tempos de mutação, tempos de emergência’

Além de participar da Cerimônia de Abertura, a ministra da Saúde, a abrasquiana Nísia Trindade, fez a conferência inaugural do 12º EPI. Pesquisadora, professora e ex-presidente da Fiocruz, Nísia Trindade trouxe diversas contribuições para o campo da Saúde Coletiva, especialmente na área das Ciências Sociais e Humanas em Saúde. O tema escolhido pela ministra para a primeira conferência do Congresso foi “Tempos de mutação, tempos de emergência: notas para um diálogo sobre a complexidade dos desafios sanitários contemporâneos”. 

A ministra abordou sete tópicos, considerados por ela os principais desafios contemporâneos na saúde. São esse a persistências das desigualdades sociais; a transição demográfica; os graves impactos das mudanças climáticas e da relação com o ambiente; a desigualdade no acesso e na produção de ciência, tecnologia e inovação; além das mudanças no mundo do trabalho; junto ao papel das novas tecnologias de informação e comunicação, além dos desafios para a democracia. 

Nísia Trindade enfatizou a institucionalização do campo e das áreas da Saúde Coletiva como ferramenta na manutenção da democracia. “Destaco a importância dessa institucionalização da Epidemiologia na Saúde Coletiva e da Saúde Coletiva no seu conjunto. São os pilares mais importantes para que aconteça o encontro entre a ciência e a democracia. Um dos principais desafios contemporâneos está justamente na preservação e no avanço da democracia, com mais participação social”, detalhou. 

O 12º EPI continua com atividades nesta segunda-feira (25). Acesse a programação completa e aproveite o evento.

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