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Espaços do 12º EPI fazem uma homenagem ao Rio de Janeiro e ao samba

O 12º Congresso Brasileiro de Epidemiologia (12º EPI), que acontece na cidade do Rio de Janeiro (RJ) de 24 a 27 de novembro de 2024, fará uma homenagem ao Rio de Janeiro e ao samba. As salas no espaço onde o evento será realizado, o centro de convenções EXPO MAG, receberão os nomes de localidades da “Cidade Maravilhosa”.

Além disso, a plenária Cidade do Samba, com capacidade para 2.400 pessoas, numa proposta itinerante, se divide em outras cinco salas, com nomes que homenageiam importantes e históricos redutos do samba carioca.

A pesquisadora Claudia Leite de Moraes, que preside o congresso, explica que essa iniciativa foi pensada para trazer a essência do Rio de Janeiro ao evento, através dessas homenagens. “As salas principais são uma grande homenagem às escolas de samba do Rio de Janeiro, que são a cara da cidade. Também fizemos uma homenagem a pontos que marcam a história do Rio de Janeiro”, declarou.

Confira os nomes das salas – Rio de Janeiro

Pedra do Sal
A Pedra do Sal, na Zona Portuária, faz parte da região conhecida historicamente por Pequena África. Essa era uma região de chegada de pessoas sequestradas da África, como também de passagem e acolhimento de escravizados e ex-escravizados, nas Casas de Zungu e outros espaços. Tombada como patrimônio histórico e religioso, foi certificado como quilombo urbano pela Fundação Palmares em 2005. Hoje é um importante polo cultural da cidade, tendo sido morada da Tia Ciata, fundamental para a formação cultural brasileira e inspiração para a Ala das Baianas, das Escolas de Samba.

Quinta da Boa Vista
Considerada um dos parques públicos mais populares do Rio, a Quinta da Boa Vista é o ponto de encontro das famílias cariocas. Tem um importante valor histórico, usada como residência pela família real brasileira em 1822, assim como pela família real portuguesa na transferência da corte portuguesa para o Brasil, em 1815. É a sede do Museu Nacional, vinculado à Universidade Federal do Rio de Janeiro, a mais antiga instituição científica do Brasil que, até setembro de 2018, quando ocorreu um incêndio no local, figurou como um dos maiores museus de história natural e de antropologia das Américas.

Aterro do Flamengo
O Aterro do Flamengo, ou simplesmente “aterro”, é um dos maiores complexos de lazer da cidade. Ele vai do Aeroporto Santos Dumont, no Centro, até o início da praia de Botafogo, procurada para a prática de esportes como caminhada, corrida, bicicleta, skate, patins e outros. Se localiza às margens da Baía de Guanabara, com uma bela vista para Niterói e o Pão de Açúcar. Seus jardins foram projetados por Roberto Burle Marx e até hoje é possível avistar as tartarugas nas suas margens, além de constituir morada de diversas aves. As pistas do Aterro ficam fechadas aos domingos, para um melhor aproveitamento do espaço pela população.

Copacabana
Copacabana é um bairro da Zona Sul do Rio de Janeiro.  A sua orla é considerada uma das praias mais famosas do mundo. Entre outras importantes praias, do Leme, Arpoador e Ipanema, nela ocorrem grandes eventos esportivos e culturais. O seu reveillon reúne um grande público e conta com queima de fogos de artifício, também relevante em nível mundial. O seu calçadão de ondas em branco e preto é um dos símbolos da cidade. Nela consta o Forte de Copacabana, ponto de valor histórico do país, como também em um dos seus bancos, com o mar ao fundo, está uma estátua do escritor Carlos Drummond de Andrade.

Lapa
A Lapa é o bairro boêmio da capital carioca e um dos melhores lugares para curtir a noite no Rio. Sexta-feira e sábado são dias que o bairro fica cheio de pessoas nos bares e nas ruas. Para quem quer curtir a vida noturna, esse é “o local” na cidade. Conta com diversos bares e casas tocando todo tipo de música pela região. O carro-chefe, claro, é o samba, mas há opções para todos os gostos. Na Lapa, estão estabelecimentos para shows de grande porte, como o Circo Voador e a Fundição Progresso, que apresentam inclusive artistas internacionais. É território também do espaço do Bola Preta, um dos maiores blocos de carnaval do país, fundado em 1918. Também é marcado pelos Arcos da Lapa, construção realizada por escravizados para viabilizar o sistema de água da cidade, entre os anos de 1725 e 1744. Atualmente, embaixo dos Arcos se localiza um altar para Exu, sempre com velas acesas para o orixá considerado protetor do povo das rua.

Maracanã
Inaugurado em 16 de junho de 1950, o Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, é conhecido como o Templo do Futebol. Foi sede de duas finais de Copa do Mundo, Cerimônias de Abertura e encerramento dos Jogos Olímpicos. Palco de shows como Frank Sinatra, Tina Turner, Kiss e Rock in Rio. É um dos símbolos da cidade e do Brasil, e seus jogos influenciam o cotidiano de todos os moradores da cidade.

Cristo Redentor
O Cristo Redentor é o monumento mais icônico do Brasil, símbolo do país mundialmente e uma das sete maravilhas do mundo, o Cristo Redentor possui uma história rica com mais de 90 anos. Esta colossal estátua de Jesus Cristo, com os braços abertos sobre a Baía de Guanabara, não captura a imaginação de milhões de visitantes anualmente. Segundo fontes históricas, começou a ser idealizado por volta do século 19, quando o padre francês, Pierre Marie Boss, que atuava em uma igreja com vista para o Morro do Corcovado. No entanto, essa ideia se perdeu e só foi resgatada tempos depois pela Princesa Isabel, em 1888.

Cais do Valongo
O Cais do Valongo foi revelado em 2011, nas obras para as Olimpíadas na região portuária da cidade, tendo sido construído em 1811. Com a vinda da Família Real, em 1822, e sua ocupação na Praça XV, transformou-se no principal porto da cidade. Como desdobramento, se tornou o principal ponto de entrada de pessoas sequestradas da África aportando no Brasil e nas Américas. Passou a integrar Lista do Patrimônio Mundial da Organização das Nações Unidas, em 9 de julho de 2017. O Brasil recebeu perto de quatro milhões de escravos, durante os mais de três séculos de duração do regime escravagista, sendo cerda  de um milhão pelo Cais do Valongo, em cerca de 40 anos, o que o tornou o maior porto receptor de escravos do mundo naquele período. A inclusão nessa Lista representa o reconhecimento do seu valor universal excepcional, como memória da violência contra a Humanidade representada pela escravidão, e de resistência, liberdade e herança, fortalecendo as responsabilidades históricas, não só do Estado brasileiro, como de todos os países membros da Unesco.

Cidade de Deus
A Cidade de Deus é um bairro da Zona Oeste do município do Rio de Janeiro, conhecido como CDD por seus moradores. A região era um sub-bairro que pertencia ao bairro de Jacarepaguá, mas, por decreto municipal, foi desmembrada de Jacarepaguá e tornou-se oficialmente o bairro Cidade de Deus. No local, encontra-se uma das maiores favelas do Rio, que também se chama Cidade de Deus. Em 2002, 40 anos após o projeto de sua criação pelo governo do Estado da Guanabara, foi lançado o filme “Cidade de Deus” que se passa nesse território. O longa marcou a filmografia brasileira, concorrendo a quatro categorias do Oscar.

Rocinha
A Rocinha localiza-se entre os bairros da Gávea, São Conrado (dois dos bairros com o IPTU mais altos da cidade) e Vidigal. Ficou famosa ao ser compreendida como uma das maiores favelas do país, contando atualmente com cerca de 70 mil habitantes, segundo o Censo IBGE/2022. A região passou a ser considerada um bairro e foi delimitada pela Lei Nº 1 995 de 18 de junho de 1993. A origem do nome possui diferentes versões. Uma delas é a de que “moradores, ao se instalarem na Rocinha, nas primeiras décadas do século XX, começaram a cultivar frutas e hortaliças, que eram vendidas na Gávea. Durante as vendas, quando os compradores perguntavam de onde vinham os produtos, os vendedores apontavam para o alto do morro e diziam: ‘lá na minha Rocinha'”.

Lagoa Rodrigo de Freitas
A Lagoa Rodrigo de Freitas é um dos principais cartões postais do Rio, com importante valor paisagístico, turístico e ambiental. Seu perímetro é de 7,5 km, sendo um cenário perfeito para o lazer e prática esportes, como remo, canoagem, corrida, caminhada, skate, patins e bicicleta. Nas suas margens, é possível escolher um dos quiosques do entorno e saborear uma água de coco com uma vista deslumbrante. É lar de capivaras, garças, biguás, e outros importantes seres da fauna e flora.

Pão de Açúcar
Um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro, o Parque Bondinho Pão de Açúcar é formado pelos morros da Urca e do Pão de Açúcar que são interligados por um teleférico, o bondinho. A construção permite uma visão privilegiada da cidade, a uma altura de até 396 metros acima do nível do mar. No bioma da Mata Atlântica, seu primeiro morro pode ser acessado também por trilha, iniciada na Pista Cláudio Coutinho, no Pão de Açúcar . Atualmente conta com lojas, bares e restaurantes, além de sediar atividades e eventos que marcam sua história de 110 anos.

Floresta da Tijuca
Um dos principais cartões postais do Rio de Janeiro, o Parque Bondinho Pão de Açúcar é formado pelos morros da Urca e do Pão de Açúcar que são interligados por um teleférico, o bondinho. A construção permite uma visão privilegiada da cidade, a uma altura de até 396 metros acima do nível do mar. No bioma da Mata Atlântica, seu primeiro morro pode ser acessado também por trilha, iniciada na Pista Cláudio Coutinho, no Pão de Açúcar . Atualmente conta com lojas, bares e restaurantes, além de sediar atividades e eventos que marcam sua história de 110 anos.


Confira os nomes das salas que integram a “Plenária Cidade do Samba”

Cidade do Samba (grande sala)
Localizada na Região Portuária do Rio de Janeiro, a Cidade do Samba é o maior complexo de arte e entretenimento do Brasil. No espaço, as Escolas de Samba podem mostrar o que existe de melhor na maior festa popular do planeta, o Carnaval. Reúne os centros de produção de carros alegóricos e fantasias das maiores Escolas de Samba do Brasil. Foi inaugurada em 2006, em um terreno de 92 mil metros quadrados. Anteriormente, as agremiações não tinham espaços para guardar carros alegóricos perto do local do desfile, então precisavam empurrar os veículos por dezenas de quilômetros em ruas e avenidas até chegar à Marquês de Sapucaí.

Oswaldo Cruz
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Portela, fundado em 11 de abril de 1923 no bairro de Oswaldo Cruz, zona norte da cidade do Rio de Janeiro. Sendo a mais antiga escola de samba em atividade permanente, é a única escola que participou de todos os desfiles de escolas de samba da cidade. O G.R.E.S. Portela foi a campeã do primeiro concurso de escolas de samba (não oficial) em 1929, organizado por Zé Espinguela. Desde então, foi a grande responsável por moldar os desfiles na forma como acontecem atualmente, com 22 campeonatos e uma grandiosa contribuição para o samba carioca e para a cultura brasileira.

Mangueira
A Estação Primeira da Mangueira, localizada na favela da Mangueira, na Zona Norte da cidade, foi fundada em 28 de abril de 1928. É uma das Escolas de Samba mais tradicionais do Rio, tendo sido 20 vezes campeã do carnaval carioca. Seus fundadores foram oito jovens moradores do morro da Mangueira: Angenor de Oliveira (Cartola), Saturnino Gonçalves (Seu Saturnino), Abelardo da Bolinha, Carlos Moreira de Castro (Carlos Cachaça), José Gomes da Costa (Zé Espinguela), Euclides Roberto dos Santos (Seu Euclides), Marcelino José Claudino (Seu Maçu) e Pedro Paquetá e fundaram o Grêmio Recreativo Escola de Samba Estação Primeira de Mangueira. Como seu primeiro presidente, elegeram o Sr. Saturnino Gonçalves. Por sugestão de Cartola, adotaram as cores verde e rosa, do Rancho do Arrepiado, de Laranjeiras, lembrança dos carnavais de sua infância. Recebeu o nome de Estação Primeira porque a primeira parada do trem, que saia da Estação de Dom Pedro para o subúrbio, onde havia samba, era Mangueira. O morro também foi casa de Clementina de Jesus, outro ícone do samba conhecida em todo Brasil.

Vila Isabel
O Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Vila Isabel foi fundado no dia 04 de abril de 1946, por Antonio Fernandes da Silveira. Ele era popularmente conhecido como “Seu” China, devendo-se o apelido, no fato de ter ele, os olhos muito apertados, sendo nomeado o primeiro Presidente da Escola. Seu China, que residira no morro do Salgueiro, mudou-se para o Morro dos Macacos, em Vila Isabel, e encontrou um bloco no bairro, por volta de 1940, denominado Acadêmicos da Vila. Na época, era um bloco muito admirado e respeitado pela maneira organizada como desfilava pelo bairro, sendo a maioria dos seus componentes, moradores do morro do Pau da Bandeira. No domingo de  Carnaval do ano de 1946, Seu China conversava com um grupo de amigos em um bar, situado na Praça Sete, quando se despertou para o lado do Bloco Acadêmicos da Vila, que por ali passava com os seus componentes fantasiados e isolados por uma corda, parecendo uma mini Escola de Samba, conforme observação de Seu China, nascendo daí então, à partir daquele momento, a ideia de fundar em Vila Isabel, uma Escola de Samba. Logo após o Carnaval, Seu China reuniu-se com os integrantes do Bloco Acadêmicos da Vila, que de pronto aceitaram a ideia de se formar uma Escola de Samba no bairro de Noel Rosa, como também, de mudar as cores do mesmo para azul e branco em homenagem ao Seu China, que antes fazia parte da Escola de Samba Azul e Branco do Salgueiro.

Estácio
O bairro do Estácio de Sá é um berço do samba carioca. Centro da grande “malandragem” do princípio do século XX, foi passagem de todos os grandes sambistas que, na época, surgiram no Rio – da Mangueira à Portela, passando pelos compositores e cantores do rádio da época. Francisco Alves, o Rei da Voz, cantor mais famoso do Brasil à época, é o principal exemplo. Os botequins do território, a proximidade com a Praça Onze e da Zona do Mangue, atraíam malandros de todas as partes do Rio, entre os quais excelentes sambistas. Tampouco é fruto do acaso o fato de a primeira escola de samba carioca, a “Deixa Falar”, ter nascido no bairro do Estácio. Por lá circulavam os chamados “bambas”, destacando-se as figuras de Mano Edgar, Alcebíades Barcelos (Bide), e seu irmão Rubens, Armando Marçal, Ismael Silva, Baiaco, Brancura, Nilton Bastos, Aurélio e tinha como frequentador Juvenal Lopes (“Nonel do Estácio ou “Juju das Candongas”), que mais tarde se mandou para a Mangueira, onde chegou à presidência e Heitor dos Prazeres. A reunião que fundaria o bloco carnavalesco foi realizada no dia 12 de agosto de 1927, no nº 27 da Rua Maia de Lacerda, casa de um sargento da Polícia Militar, pai do Bijú, senhor Chystalino. Como nas imediações funcionava uma Escola Normal que formava professores para a rede escolar, Ismael Silva resolveu batizar seu grupo de Escola de Samba. “Havia aquela disputa com Mangueira, Oswaldo Cruz, Salgueiro, cada um querendo ser melhor, e o pessoal do Estácio dizia: deixa falar, é daqui que saem os professores. Daí é que veio a ideia do nome escola de samba”, conta o compositor ao jornalista Sérgio Cabral em seu livro As Escolas de Samba (1974).

Padre Miguel
Localizado na Zona Oeste do Rio, o Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos de Padre Miguel é uma escola de samba tradicional da cidade. Ela nasceu do bloco da rua “D”, surgido em meados de 1954, registrada pelo Sr. Genésio da Cruz Nunes, em 12 de novembro de 1957. Escolheu as cores vermelho e branco e tornando-se conhecida por seu símbolo: o boi vermelho. Criada como uma das representantes da zona rural do Rio de Janeiro, foi campeã em seu primeiro desfile, na Praça XI, em 1959 e adquiriu o direito de se apresentar entre as grandes escolas em 1960. A escolha das cores vermelha e branca deve-se a intenção de homenagear a fábrica Bangu, que doava todo o tecido para o desfile da escola e também ao Bangu Futebol Clube cujas cores são as mesmas e são também da Zona Oeste, a maior região da cidade do Rio de Janeiro.


Sobre o 12º EPI

A comunidade da Saúde Coletiva vai se reunir na capital fluminense para debater sobre “A Epidemiologia e a complexidade dos desafios sanitários“, tema principal do encontro. O EPI é uma realização da Abrasco, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a UERJ. Conforme o tema, o 12º EPI será a grande oportunidade para refletir sobre as diversas questões que atravessam a saúde da população brasileira como as desigualdades sociais, e os problemas contemporâneos como aumento de violência e acidentes, aprofundamento de questões de saúde mental, doenças infecciosas e emergentes, assim como agravos consequentes de extremos climáticos, que convivem com problemas antigos, como verminoses, doenças negligenciadas e doenças crônicas não transmissíveis.

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