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Oficina debate educação e formação em TIS para o fortalecimento do SUS e do controle social

O papel estratégico das Tecnologias de Informação em Saúde (TIS) foi debatido por 38 pessoas, entre pesquisadores, gestores e sociedade civil, na última oficina realizada pelo Grupo Temático Informações em Saúde e População (GTISP/Abrasco). Os frutos do debate serão encaminhados ao Ministério da Saúde.

Já é uma tradição a realização de oficinas técnicas pelo GTISP/Abrasco nas prévias dos congressos brasileiros de saúde coletiva. Compatibilização de base de dados, indicadores de saúde e grandes projetos nacionais na área, como o prontuário eletrônico, foram alguns dos temas anteriores.

No Abrascão 2022, a oficina pré-congresso Balanço dos avanços e recuos na área da informação e tecnologia de informação em saúde: proposições para o novo governo foi realizada em 19 de novembro e liderada por Marcelo Fornazin, coordenador do GTISP/Abrasco, e Eduardo Mota, pró-reitor da Universidade Federal da Bahia e professor do ISC/UFBA. Com formato híbrido, reuniu 25 pessoas presentes no campus Ondina da UFBA e outras 13 de forma remota, com representantes de diversas instituições acadêmicas do Brasil e do exterior, gestores e técnicos de secretarias municipais, estaduais e do Ministério da Saúde e representantes da sociedade civil.

“Nesse momento de renovação das esperanças pensamos que seria importante avaliar o que aconteceu nos últimos quatro anos e pensar soluções que possam orientar o novo governo”, ressalta Fornazin.

As cinco dimensões estratégicas do 3º Plano Diretor para o Desenvolvimento da Informação e Tecnologia de Informação em Saúde (3º Pladitis) serviram de base para suscitar o debate. “Ao longo desse período tenebroso na nossa história, a Abrasco sempre se posicionou e marcou presença nos momentos importantes, como no apagão de dados da COVID-19, no ataque hacker ao DataSUS, no questionamento à proposta do Open Health”, lembra o coordenador do GTISP/Abrasco.

Como fruto do debate, serão consolidadas propostas para orientar o governo no uso e regulação das tecnologias da informação em saúde para inclusão social, geração de benefícios, fortalecimento dos principíos do SUS e da democracia.

“É necessário investir em educação e formação em TIS não de modo conteudista, meramente de uso e debate profissional, mas sim de uso cotidiano e do controle social. Os interesses privados precisam estar manifestos e, alguns casos, serem regulados e expostos ao público, debatidos em sociedade, pois fazem parte da vida de todos nós, e não apenas na dos especialistas. Precisamos produzir tais conhecimentos envolvendo diversos atores do SUS e abrindo oportunidades para cooperativas de desenvolvimento de tecnologias digitais, com usos compartilhados e redes de formação e de troca de conhecimentos abertos, levando a todos que precisam e a partir do uso e da discussão política dessas tecnologias. Vamos consolidar essas propostas e enviar ao governo, de modo a orientar como usar as tecnologias da informação em saúde para incluir pessoas e a sociedade de maneira democrática”, analisa Marcelo Fornazin.

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