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ABEn-DF e outras lideranças da saúde indicam vice-presidente da Abrasco para secretaria da saúde do Distrito Federal

Vilma Reis

A Associação Brasileira de Enfermagem – Seção Distrito Federal (Aben-DF) e outros Coletivos do Setor Saúde, encaminharam carta ao governador eleito Rodrigo Sobral Rollemberg, apresentando pontos para uma agenda estratégica na saúde do Distrito Federal. Na carta foi sugerido o nome da enfermeira e professora Maria Fátima Sousa, para a pasta da saúde. Maria Fátima é atual diretora da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade de Brasília, além de vice-presidente da Associação Brasileira de Saúde Coletiva – Abrasco.

Leia abaixo a íntegra do documento enviado ao Governador eleito Rodrigo Sobral Rollemberg:

 

Carta de Apoio ao Fortalecimento do Sistema Único de Saúde do DF

Prezado Governador Eleito, Rodrigo Sobral Rollemberg,

Primeiramente o parabenizamos pela conquista nas eleições realizadas no dia 26 de outubro, assim como, expressamos nossos votos de sucesso na gestão que terá início em janeiro de 2015. Sabemos que muitos são os desafios ainda postos à gestão pública para assegurar a
plena cidadania à população do Distrito Federal. Visando o fortalecimento da saúde, um conjunto de políticas, em especial aquelas de cunho social, são necessárias, requerendo o enfrentamento dos múltiplos determinantes e condicionantes da saúde.

Somos da Diretoria da Associação Brasileira de Enfermagem do Distrito Federal (ABEn-DF), logo, um grupo de profissionais da saúde comprometidos com a efetivação do Sistema Único de Saúde (SUS) e, neste momento, dedicamos nossa reflexão a este setor, pelo reconhecimento de que a Saúde representa grande parte dos desejos e necessidades da população para o alcance de uma vida mais digna e de qualidade.

O Sistema Único de Saúde do DF hoje enfrenta um grande desafio frente à expansão demográfica dos últimos anos, fato que requer planejamento e ampliação da rede assistencial. Agravando esta situação, observa-se que a referida expansão veio acompanhada da intensificação da participação do setor privado na rede assistencial de saúde, quando o preconizado no Art. No. 199 da Constituição Federal de 1988 é apenas sua participação complementar.

São evidentes as demandas e necessidades relacionadas à garantia da qualidade da assistência em saúde prestada à população, as quais exigem da gestão pública comprometimento e responsabilidade para implementar ações ousadas e inovadoras no
governo.

Articulação e integração entre os múltiplos espaços de atuação em saúde, como da gestão; cuidado e assistência; da formação, educação permanente e pesquisa em saúde; controle social e participação popular se apresentam essenciais. Em que pese o contexto do trabalho em saúde, é nítido o desencantamento dos profissionais da saúde do DF, no cotidiano de sua prática e nas perspectivas relacionadas à gestão.

Verifica-se um verdadeiro descompasso entre a gestão e os anseios e necessidades apontadas pelos trabalhadores. É essencial para este novo momento o desenvolvimento de um projeto político para a saúde do DF, de forma compartilhada e participativa, que dê voz aos saberes dos
diferentes atores da equipe multiprofissional e da comunidade usuária do SUS. Ressaltamos a importância da construção de uma aliança entre todos os que estão comprometidos com a efetivação do sistema público de saúde, superando questões
político partidárias, coorporativismos ou sectarismos.

Para o alcance desta perspectiva, é indispensável que asseguremos para o SUS/DF um perfil de gestão que ancore o que aqui defendemos e o que a comunidade almeja. A conjuntura atual exige da (o) futura (o) Secretária (o) de Saúde do DF, uma formação consistente; compromisso ético com a saúde pública universal, integral, equanime e humanizada; além de conhecimento e vivência no contexto da saúde do Distrito Federal. Entendemos que este profissional deve ter sensibilidade e competência para efetivar uma agenda de gestão consonante com o instituído pelo Decreto No. 7508/13 que regulamenta o SUS: destaque para o Trabalho em Rede de Atenção à Saúde – articulada e descentralizada, legitimando a Atenção Básica como ordenadora do Sistema e sua principal porta de entrada, assegurando o atendimento integral dos usuários em todos os níveis de complexidade da Rede.

Caberá a esta (e) gestora (o) a implementação de uma gestão participativa e humanizada, sensível e aberta ao diálogo para construção de consensos e que possua competência técnica e liderança para garantir as respostas com a qualidade e agilidade necessárias. Neste sentido, Sr. Governador, apresentamos a indicação, para estar à frente da pasta da Saúde de seu Governo, da profissional que atende às características acima descritas e que por sua trajetória sanitarista poderá desempenhar com maestria este papel.

Trata-se da Dra Maria Fátima de Sousa, que possui um currículo compatível com o cargo em questão, trajetória profissional e cidadã de compromisso com o SUS, assim como, vasta experiência em gestão pública e em espaços da formação profissional em saúde. Dra. Fátima de Sousa apresenta como marca pessoal a competência e a habilidade para o diálogo na diversidade de atores e saberes, além de reconhecimento e prestígio no cenário nacional da saúde, o que favorecerá a visibilidade e o destaque merecidos à saúde da Capital da República.

Na expectativa de termos nossa indicação acolhida, reiteramos nossos votos de sucesso e nos colocamos à disposição para o diálogo.

Diretoria da ABEn DF 2013/2016

 

Maria Fátima Sousa:

1. Ex-coordenadora do Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS) e Programa Saúde da Família (PSF),
2. Vice-Presidente da Associação Brasileira em Saúde Coletiva (ABRASCO),
3. Recebeu vários prêmios entre eles:

– Prêmio Sergio Arouca – escolhida por eleição pela Organização Mundial de Saúde / e OPAS entre várias candidatos das Américas – por contribuir na ampliação do acesso universal na atenção básica à saúde.
– Comenda Dom Helder Câmara – escolhida em assembleia nacional pelo CONASEMS na oportunidade das comemorações dos 20 anos de implantação do PSF,
– Doutora Honoris Causa – aprovada por unanimidade pelo conselho universitário da Universidade Federal da Paraiba – UFPB, pelos serviços prestados a universidade no movimento estudantil, na implantação do Núcleo de Estudos em Saúde Pública e na coordenação/ implantação do PACS (no estado da PB foi o piloto nacional),

– Comenda Lauro Wanderley – aprovada pela Assembleia Legislativa da PB – pela coordenação Ética e capacidade de diálogo com os municípios na Implantação do PACS,

– Diretora da Faculdade de Ciências da Saúde – recém-eleita pela comunidade (professores, estudantes, técnicos administrativos) com expressiva votação 73%
– Autora de dezenas de livros, artigos sobre a temática de modelos de gestão e atenção integral a saúde.

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